Triiiimm! Toca o despertador, um sinal de que um novo dia está a começar. Os raios de Sol já iluminam o quarto. Mas, mesmo assim, Ele, o personagem principal desta história, fica quieto ouvindo o som do despertador. Esta perplexidade deve se ao facto de Ele ter acordado com uma única pergunta na sua cabeça. Ele perguntava-se incessantemente: “O que é a vida?”. Sentando-se na cama, chega à conclusão que a vida é tudo aquilo que ele passou, passa e irá passar ao longo da sua existência, ou seja, a vida, segundo Ele é o conjunto de todos os momentos que ele viveu ou que possa ainda viver. Até aqui tudo bem! Também chegou à conclusão que a vida acaba com a morte. Esta é fácil! Aquilo que Ele não conseguiu responder, foi: “Qual é a razão da vida?”. Ele levantou-se, tomou banho, tomou o pequeno-almoço, mas sempre pensando nesta última pergunta, cuja resolução parecia difícil.
Ele lá foi trabalhar. Tinha de ser! Mas o trabalho não o impediu de continuar a pensar na pergunta que tanto o atormentava. Almoçou pensando nela, passou toda a tarde a pensar nela, jantou a pensar nela. E é quando se está a deitar que desiste. Ele chega à conclusão, que nunca chegará à resolução. Ele vê que é inútil continuar a pensar nisso, pois ele nunca verá a solução. Mas, mesmo assim ele continua com a dúvida. Ele não põe a dúvida de parte, mas ele já não quer pensar na resolução, Ele desta vez quer que alguém lhe dê a resolução.
Esta situação tinha de ser resolvida. Ele após meia hora, decide o que vai fazer. Chega-lhe à ideia de que a única “pessoa” que lhe podia responder era a “Vida”. Assim, Ele decide procurar a vida, Ele queria encontrá-la e expor-lhe esta questão. Sabendo o que iria fazer, deixa-se dormir e deixa a acção para o dia seguinte.
No dia seguinte, Ele levanta-se mais cedo do que costume e liga logo o computador. O seu objectivo era procurar na internet pela “Vida”. Ele queria encontrar a “Vida” na internet. Tudo isto foi em vão, não havia sinal da “Vida”. Mas Ele não desistiu e resolve demitir-se do seu trabalho e viajar pelo mundo à procura da “Vida”. Dito e feito, foi ao seu local de trabalho, demitiu-se, pegou em todas as suas poupanças e apanhou o primeiro avião que lhe apareceu à frente.
O primeiro destino foi o Brasil. Ele conheceu este grande país, mas não havia sinal da “Vida” neste. Depois foi para a Argentina, EUA, México, Japão, China, Paquistão, Iraque, Alemanha, Itália, Inglaterra, Espanha e por fim chega a casa, a Portugal. Depois de ter visitado estes países todos, Ele não conseguiu encontrar a “Vida”.
Ele desiste. Ia no táxi no caminho do aeroporto para sua casa a pensar que não valia a pena tentar encontrar a “Vida”, pois não havia possibilidade dela ser encontrada. Mas, ao chegar a casa, vê uma mulher, uma jovem, talvez tivesse a mesma idade que Ele, pois vendo bem, Ele não era assim tão velho. Ele ao vê-la a Ela fica fascinado, por outras palavras apaixona-se intensamente por Ela.
É neste momento, que Ele descobre o sentido da vida. Ao sentir o amor a correr-lhe pelas veias, Ele chega à conclusão que a “Vida” foi feita para amar e ser amado. É esse o sentido da “Vida”, sem isso a “Vida” não tem significado. Ele percebeu porque não era feliz. Ele não era feliz porque nunca amara antes.
Mais tarde, Ele viria a saber que Ela era sua vizinha. Ela tinha se mudado durante a viagem dele. Ele fez todos os possíveis para viver a vida com Ela. Ela também acabou por se apaixonar por Ele e acabaram vivendo juntos até ao final da sua vida.
Joaquim Patriarca
Externato Nossa Senhora de Fátima, 12º Ano